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sábado, 13 de agosto de 2011

Correios paralisam atividades no RS

Os trabalhadores dos Correios paralisaram, nesta quarta-feira, as atividades no Rio Grande do Sul para protestar contra a Medida Provisória 532. Na avaliação da categoria, se o texto for aprovado, poderá afetar a qualidade dos serviços postais e resultar na terceirização do trabalho. O Ministério das Comunicações, porém, defende que as medidas visam modernizar os Correios. A meta do governo federal é transformar a atual estrutura em uma empresa moderna, com serviços de melhor qualidade.

Na área de serviços eletrônicos, os Correios poderão oferecer a telefonia como operador virtual, o que permite alugar parte da rede de grandes empresas e oferecer linhas aos consumidores. A empresa também deve aumentar a hospedagem de lojas de comércio pela Internet, além de atividades como certificação digital, e-mail registrado, entrega de mensagens de forma sigilosa e segura e o serviço de correio híbrido – no qual é possível enviar uma correspondência eletrônica para ser impressa pela empresa antes de chegar ao destinatário.

Assim, a Medida Provisória autoriza os Correios a oferecer serviços bancários. Atualmente, a empresa tem o Banco Postal, que oferece os serviços de apenas um banco, definido por licitação, com cerca de 11 milhões de contas e mais da metade corresponde aos clientes com renda de até dois salários mínimos.

Por meio da MP 532, os Correios podem também atuar no setor de aviação. Com isso, a empresa poderá participar como sócia minoritária de outra companhia, constituir um empreendimento próprio ou aumentar o tempo de validade dos contratos com as empresas. Os Correios gastam por ano cerca de R$ 300 milhões com serviços aéreos.

Sociedade Anônima

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect/RS), Vicente Guindani, argumentou que a meta do governo é transformar os Correios em uma sociedade anônima. “A medida representaria uma ameaça a função social da empresa, além de prepará-la para a privatização”, sintetizou.

Em Porto Alegre, os servidores permaneceram mobilizados junto ao edifício-sede, na rua Siqueira Campos, no Centro, no começo da tarde, eles deram um abraço simbólico no prédio e acorrentaram as portas, impedindo o acesso dos colegas que não aderiram à mobilização. “Não descartamos a possibilidade de paralisar as atividades por tempo indeterminado para sinalizar nosso descontentamento com as mudanças projetadas”, observou. Guindani disse ainda que faltam carteiros e, por consequência, há atraso na entrega das correspondências.



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