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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A política de desvalorização do salário mínimo adotada pelo governo de Dilma Roussef

A política de desvalorização do salário mínimo adotada pelo governo de Dilma Roussef, por Mancha

 
Por Luiz Carlos Prates
O reajuste do salário mínimo virou tema nacional. O governo Dilma já aprovou na Câmara Federal valor de R$ 545 para o salário. Dilma enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que reajusta o salário mínimo este ano e determina uma política de reajuste até 2014. Esta política prevê reajustes anuais da inflação acrescidos de aumento real equivalente ao crescimento do PIB de dois anos anteriores.

As centrais sindicais governistas estão reclamando. Apesar de terem firmado esse acordo em 2007, neste ano de 2011 não haverá aumento real.  Por isto, pedem uma compensação que pode ser o adiantamento de parte do aumento de 2012.

Entretanto, a polêmica em torno do salário está acontecendo também por causa do reajuste irrisório (6%) que o governo quer ao mínimo, ao mesmo tempo em que aprova um polpudo reajuste para os deputados e senadores (62%).

Se o salário mínimo recebesse esse mesmo reajuste, seria de R$ 826, ainda assim não supriria as necessidades dos trabalhadores. Por isso, a chamada política de valorização do mínimo merece ser repudiada, porque não atende as reais necessidades da classe trabalhadora brasileira.

Criado em 1º de maio de 1940 pelo governo Getúlio Vargas, o objetivo do salário mínimo era garantir uma remuneração básica para cobrir as despesas mensais com alimentação (55%), habitação (20%), vestuário (8%), higiene (10%) e transporte (7%), tomando-se por base uma família composta por dois adultos e duas crianças. O valor instituído naquela época, na moeda de hoje, foi de R$ 1.202,29.

Segundo o Dieese, em 1957 ocorreu o maior valor atingido na história, quando chegou a R$ 1.732,28 – feita a correção a preços de janeiro de 2011 – e permaneceu praticamente estável de 1960 a 1964.

A sua desvalorização começou durante os governos militares e se prolongou até meados da década de 90. Entre 1965 e 1974, o salário mínimo mantinha, na média anual, apenas 69% do poder aquisitivo de 1940. Em abril de 1992, registrou o menor valor histórico, com R$ 204,03 – valor dos dias de hoje.

Constituição garante - É preciso reforçar ainda que a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7o, inciso IV, prescreve: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”.

É triste constatar que o texto da nossa última Constituição, ou seja, dia 5 de outubro de 1988, nunca foi cumprido.

O Dieese vem calculando ao longo destes anos qual deveria ser o reajuste segundo a Constituição. Hoje ele equivaleria a R$ 2.200. Ou seja os R$ 545 que o governo Dilma quer instituir representam apenas ¼ do valor necessário para que o trabalhador sobreviva de acordo com suas necessidades básicas.

Se fôssemos seguir a política de valorização do governo Dilma, apoiada pelas centrais sindicais, considerando uma economia em constante crescimento de 5% ao ano – descontando a inflação – seriam necessários mais de 40 anos para atingir o valor do salário proposto pelo Dieese.

Nos Estados Unidos, geralmente usa-se o conceito de salário anual e neste caso o valor é está em torno de 15.080 dólares. Se convertermos este valor para salário mensal seria o equivalente a 1.256,66 dólares. Em reais, 2.236,85. Na França, o salário mínimo é de 1.337,70 euros. Em reais, seria em torno de 2.940.

Dinheiro tem - O governo Lula foi um paraíso para as empresas que chegaram a lucrar quatro vezes mais. Ou seja, isto permitira um aumento do salário mínimo na mesma proporção.

Além disso, desde a crise desencadeada em 2008, o governo socorre com bilhões de dólares bancos e empresas. Não bastasse isso, em setembro de 2010 o governo aprovou uma linha de crédito de R$ 134 bilhões que será disponibilizado para as empresas até março de 2011.

Por uma verdadeira valorização - Parece óbvio que se o governo pode fazer empréstimos desse montante, ele também tem verbas para pagar  reajuste do mínimo, ainda que tente afirmar o contrário. E, qualquer política de valorização tem que iniciar com um reajuste igual ao dos deputados e atingir a curto prazo o valor garantido pela Constituição e calculado pelo Dieese.

As centrais sindicais que quiserem efetivamente lutar contra este salário mínimo do governo tem que romper com este acordo e exigir uma verdadeira valorização.

Luiz Carlos Prates, Mancha, é memebro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de SJCampos.



Mobilização: 62% para deputados e 6% para o salário mínimo. Todos a Brasília no dia 24

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

PIAUÍ: Ecetistas protestam por melhores condições de trabalho


Na manhã desta quarta, 16 de fevereiro, às 7h da manhã, os trabalhadores dos correios se concentraram a frente do edifício sede da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) instalada em Teresina, capital do Piauí, para realizar mais um dia de protesto por melhores condições de trabalho. A manifestação realizada está relacionada ao Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores dos Correios.

Pela inversão do horário de entrega
Com uma jornada de 8 horas diárias, os ecetistas, dentre eles, carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo, enfrentam diversas dificuldades no dia-a-dia de trabalho. Os carteiros, por exemplo, além da jornada exaustiva, são obrigados a fazer a entrega das correspondências durante o período da tarde.

Os carteiros sofrem mais, principalmente no período do B-R-O-Bró (setembro, outubro e novembro), quando a incidência dos raios solares é mais forte em Teresina. “Poderíamos fazer a entrega de cartas durante a manhã. Nós sofremos bastante com o sol, Teresina é uma capital quente, já tivemos muitos colegas com problemas de pele”, declarou o carteiro Sebastião Oliveira. Diante dessa realidade, nós, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Piauí (SINTECT-PI), em defesa da saúde do trabalhador, exigimos a inversão do horário de entrega das correspondências.

No entanto, a diretoria da ECT alega que a inversão dos horários pode atrasar em mais de um dia a entrega de correspondências. Mas, o vice-presidente do SINTECT-PI, José Rodrigues, garante que ao trabalhar pelo horário da manhã fazendo a entrega e a tarde nas CDD’s, além de melhorar as condições de trabalho do carteiro, a produtividade também pode aumentar.

Por mais segurança
Já os atendentes, são vítimas constantes de assaltos nas Agências dos Correios, principalmente localizadas no interior do Estado. “Os funcionários estão trabalhando com medo. A falta de segurança é hoje o nosso maior problema. Tem agência no interior que possui apenas um funcionário trabalhando e não tem quem o proteja” afirmou José Rodrigues.

Sergio de Castro, atendente comercial e secretário de combate ao preconceito do SINTECT-PI, lembra que além de por em risco a segurança física, os trabalhadores também estão sujeitos a traumas psicológicos. “As agências dos Correios no Piauí estão jogadas às baratas. Na verdade não há segurança nenhuma, as agências estão a mercê dos bandidos, nós, atendentes, vivemos em estado de pânico, sem falar nos clientes que também são vítimas”.

Ainda assim, tanto a ECT, como o Bradesco, que funciona dentro das agências através dos Bancos Postais, preferem ser assaltados, a ter que implementar as medidas de segurança. Já que o seguro cobre parcialmente as perdas e os equipamentos e serviços de segurança são considerados caros, os diretores da ECT consideram mais apropriado colocar a vida de trabalhadores e clientes em risco, pois é mais barato ser roubado.

Nós repudiamos a postura da empresa em torno desses fatos. O que se percebe, em todos os casos, tanto da segurança, quanto da inversão do horário de entrega, é que a vida do trabalhador é o que menos importa para a empresa. Essa situação se agrava ainda mais, quando se refere às condições de trabalho dos terceirizados.

Contra as terceirizações e a privatização dos Correios
É preciso entender que, além de substituir trabalhadores do quadro próprio, as terceirizações servem de cabide de emprego para aqueles que estão no comando do governo, o que neutraliza as mobilizações dos trabalhadores. Se a categoria arma uma greve, é só o governo montar um quadro de terceirizados para fazer o trabalho.

Outra consequência das terceirizações está relacionada à precarização das condições de trabalho e dos serviços oferecidos pela empresa. Essa é uma das mais clássicas manobras para justificar a privatização dos serviços públicos. Por tudo isso, somos contra a contratação de trabalhadores terceirizados.

No Piauí, o sindicato já conseguiu reverter parcialmente essa situação, através de uma ação favorável na Justiça do Trabalho para por fim as terceirizações. Porém a ECT insiste em não cumprir a determinação judicial. Com base nisso, exigimos a realização imediata de concurso público.

O SINTECT-PI já mostrou que não pretende “baixar a guarda” perante os ataques do Governo Federal. Contra a privatização dos Correios! Em defesa dos Correios 100% público!

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Leonardo Maia de Alencar
Tim-(86) 99637463 Oi-(86) 88018200 Casa-(86) 32294276

Resultado Eleição POSTALIS 2011


Resultado Eleição POSTALIS 2011Foram eleitos para o Conselho Deliberativo Tânia Munari e para o Conselho Fiscal Ângela Rosa.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Funcionários dos Correios pedem segurança e ameaçam paralisar

Dezenas de atendentes e carteiros se reuniram na manhã desta quarta para pedir maior segurança

A preocupação com a segurança e o medo de assaltos fez o Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Piauí  (SINTECT/PI) reunir a categoria no início da manhã desta terça-feira (16/02) no edifício Sede dos Correios na rua 7 de Setembro, centro de Teresina, em frente ao palácio de Karnak. A categoria ameaça fazer paralisação caso o problema não seja solucionado. O movimento também faz parte do dia Nacional de Luta dos Trabalhadores dos Correios.

“As agências dos Correios no Piauí estão jogadas às baratas”, afirma o atendente Sergio de Castro. Ele acrescenta que não é só a segurança física dos trabalhadores que está sendo questionada, e lembra que o trauma psicológico também atormenta a vida dos funcionários. “Na verdade não há segurança nenhuma, as agências estão a mercê dos bandidos, nós atendentes vivemos em estado de pânico, sem falar nos clientes que também são vítimas”, diz.

Ainda no ano passado SINTECT-PI impetrou uma ação no Ministério Público do Trabalho (MPT). Em sentença ficou determinado que a empresa instalasse portas eletrônicas de segurança, circuito interno de filmagem e contratasse pessoas preparadas para exercer vigilância ostensiva durante todo o expediente. Os Correios recorreram e até hoje nada foi feito para melhorar a segurança dentro das agências.

De acordo com José Rodrigues, presidente do SINTECT-PI, as manifestações e pedidos de resolução vão continuar. “Se for preciso faremos um dia de paralisação para chamar a atenção das autoridades responsáveis”, explica. O presidente afirma que para a direção dos Correios sai mais caro implementar as medidas de segurança e instalar os equipamentos devidos do que ser assaltado, já que o seguro cobre as perdas. “Eles preferem ficar sendo roubados”, finaliza.
Presidente do SINTECT-PI
Presidente do SINTECT/PI

Neste início de 2011 as agências dos Correios já foram alvos da ação de assaltantes pelo menos cinco vezes. Os bandidos assaltaram agências nas cidades de São Miguel do Tapuio, São Miguel da Baixa Grande, Monsenhor Gil, Domingos Mourão e Lagoa de São Francisco. Os bandidos também tentaram assaltar nas cidades de Alto Longá e Palmeirais.

MUDANÇA NO HORÁRIO DE ENTREGA
O pedido para não fazer a entrega das correspondências no período da tarde é uma reivindicação antiga dos trabalhadores. Para o carteiro Sebastião Oliveira, o período do B-R-O- Bró é quando eles mais sofrem, já que a entrega das correspondências é feita no turno da tarde, quando a incidência do sol é mais forte. “Poderíamos muito bem o trabalho interno de triagem no período da tarde, sofremos bastante com o sol, Teresina é uma capital quente, já tivemos muitos colegas com problemas de pele”, afirma. 


A direção dos Correios já fez em 2005 uma tentativa de mudar o turno, mas alega que houve perda no tempo de entrega das correspondências, atrasando o trabalho à população. Contudo os carteiros afirmam que com um planejamento correto, a mudança do horário de triagem das correspondências pode até adiantar a entrega final nas residências.

Ainda na pauta da manifestação da manha de hoje, que seguiu de 7h às 9h, está a realização de concurso público para 250 novos funcionários, concurso esse que não é realizado pelos Correios de forma premeditada, segundo o presidente do SINTECT-PI. “Isso é porque o novo plano de diretrizes dos Correios prevê a implementação cada vez maior de serviços terceirizados”, diz José Rodrigues. Foi discutido ainda a mudança do estatuto dos Correios e as melhorias de condições de trabalho.

Leia aqui.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Europa: Sindicalistas dos Correios contra a liberalização

Sindicalistas portugueses, alemães e franceses distribuíram hoje à porta de entrada do plenário do Parlamento Europeu em Estrasburgo uma declaração contra a liberalização dos serviços postais na União Europeia que receiam irá implicar uma diminuição da qualidade dos serviços.

Queremos «tentar travar de facto que a liberalização avance por toda a Europa», resumiu José Baptista da Silva do Sindicato das Telecomunicações e dos Media em declarações à Agência Lusa, enquanto entregava as declarações escritas, em forma de postal, a cada um dos eurodeputados que passava.

Para o sindicalista português os operadores privados praticam preços mais baixos com uma qualidade também inferior no serviço prestado.

Fonte: Diário Digital / Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=494561

Correios vão contratar rede de Telecomunicações nacional

Correios vão contratar rede em pregão em R$ 600 milhões
Os Correios fazem no próximo dia 2/3 um pregão eletrônico para contratar uma rede de telecomunicações nacional, com valor mínimo previsto de R$ 601,8 milhões. O objetivo da ECT é interligar todas as suas unidades prediais.

Nesse sentido, o edital prevê a contratação de Serviço de Comunicação Multimídia e a implantação dessa rede de comunicação em até 12 meses, contados a partir da assinatura do contrato, que terá vigência de cinco anos.

Apesar de, assim como os Correios, ser ligada ao Ministério das Comunicações, a Telebrás não participa da disputa. “Se eu pegar e fracassar, vão bater. Se pegar e fizer, vão dizer que roubei mercado”, brinca o presidente da Telebrás, Rogério Santanna.

As regras do edital prevêem que a empresa vencedora deverá atender a possibilidade de os Correios utilizarem a rede para serviços de voz, com a interligação dos PABX da estatal.

O valor mínimo estimado para o pregão é de R$ 601.857.631,57, sendo R$ 594.026.114,76 relativos aos serviços de telecomunicações e R$ 7.831.516,81 a serviços adicionais.

A abertura das propostas se dará a partir das 9h30 de 2/3, no sistema eletrônico de compras do Banco do Brasil - www.licitacoes-e.com.br.

Leia aqui.

Correios confirma que realizará Concurso Público no primeiro semestre

Empresa confirma realização do concurso de 8 mil vagas

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, o compromisso de abrir ainda neste semestre o concurso público para preenchimento de cerca de 8 mil vagas. A estatal ficou de fora do corte orçamentário de R$ 50 bilhões de reais anunciado esta semana pelo Governo Federal.

As oportunidades serão abertas em todo território nacional, em cargos como os de atendente comercial, carteiro e operador de triagem e transbordo, todos para candidatos com o ensino médio completo, e também em cargos de nível superior. A empresa espera aplicar todas as etapas de provas até o primeiro semestre de 2011, com acompanhamento da Polícia Federal.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Governo Dilma suspende contratação de concursados

Novos concursos também estão vetados; exceções 'serão olhadas com lupa', diz ministra

No esforço de reduzir despesas, o governo Dilma suspendeu a contratação do aprovados em concursos públicos e a realização de novos processos seletivos.

A decisão abrange apenas concursos federais e não inclui os estaduais ou municipais. Não está claro, porém, se também estão congelados os concursos para estatais, como os Correios, que preparavam edital para 8 mil vagas em cargos de nível médio e superior. Procurada pelo Destak, a assessoria dos Correios disse que a direção da empresa ainda não foi informada sobre como proceder agora.

"Pedi um levantamento completo da situação de todos os concursos, mas em princípio todas as nomeações de aprovados em concursos estão suspensas", disse a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. "Se não vou nomear quem está aprovado, não vai haver concursos novos", acrescentou. Ela admitiu que pode haver exceções, mas disse que estas "serão olhadas com lupa".

O congelamento das nomeações e dos concursos públicos faz parte das medidas anunciadas ontem por Miriam e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para cortar R$ 50 bilhões do Orçamento de 2011.

Combate à inflação
A redução de gastos era esperada pelo mercado por conta dos riscos de alta de inflação. Segundo os ministros, não haverá cortes nos programas sociais e no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Faz parte do pacote corte de 50% em diárias e passagens, proibição de compra de imóveis e veículos e auditoria externa nas folhas de pagamento.

As emendas parlamentares ao Orçamento também sofrerão: de R$ 21 bilhões, R$ 18 bilhões serão congelados.

Leia aqui e aqui.

Portugal: A greve parcial continua!

Trabalhadores dos CTT cumprem 2.º dia de greve parcial 
Os trabalhadores dos correios cumprem hoje o segundo dia de greve parcial em protesto, entre outras situações, contra a diminuição e congelamento de salários, a diminuição dos postos de trabalho e o encerramento de estações


Os trabalhadores vão, à imagem do primeiro dia de greve, na quinta-feira, paralisar durante vários períodos, no final e no início dos turnos nos diferentes serviços.

Os serviços de tratamento, transportes postais, atendimento, serviços centrais e distribuição serão afetados durante o período normal de trabalho, perspetiva fonte sindical. 

Correios do Egito: Trabalhadores vão as ruas derrubar o ditador Mubarak e lutar por melhores salários

Estimulados por revolta popular, trabalhadores egípcios lutam por melhorias

Heba Helmy.
Cairo, 10 fev (EFE).- As manifestações populares no Egito estão começando a se estender aos trabalhadores, criando uma nova frente contra o regime de Hosni Mubarak, em uma luta que aflora agora após muitos anos de silêncio.

Centenas de funcionários, operários e trabalhadores de diferentes setores públicos e privados saíram às ruas do Cairo nesta quinta-feira para pedir aumentos salariais e uma vida mais digna.

Inspirados pelo que chamaram de "revolução" da praça Tahrir, trabalhadores de companhias de petróleo e alumínio, professores, advogados, pedreiros e funcionários dos Correios, entre outros, participaram nesta quinta-feira de protestos e greves em diferentes pontos do país.

"Greve geral no Correio egípcio em solidariedade aos jovens de (a praça) Tahrir", dizia um cartaz exibido durante as manifestações, que contaram com centenas de funcionários que protestaram diante da sede dos Correios, no centro do Cairo.

"Não conseguimos nossos direitos nem no salário, nem no horário, nem nas comissões, nem no tratamento", disse à Agência Efe Rehab Mohammed Salah, uma funcionária que participava dos protestos.

Ela afirmou que seu salário é de 500 libras (US$ 85), apesar de trabalhar nos Correios há 22 anos.

Já Adala Hassan, quem trabalha com Rehab, assegurou que os protestos tiveram início na quarta-feira e que os manifestantes estão decididos a continuar até que as autoridades atendam suas reivindicações.

"Os jovens da revolução de Tahrir nos encorajaram a lutar por nossos direitos. Antes não nos atrevíamos", afirmou Adala.

Ela e os outros funcionários optaram por protestar diante da sede da Associação Geral dos Correios.

Aos manifestantes se uniu o chefe do sindicato dos Correios, quem assegurou que os pedidos se centram em um aumento salarial e contratos fixos.

Segundo ele, os funcionários também participaram das manifestações que tiveram início em 25 de janeiro na praça Tahrir para pedir a renúncia de Mubarak.

"Embora nossas manifestações hoje tenham reivindicações pessoais, também apoiam os (manifestantes) de Tahrir. Como eles, pedimos justiça nos salários dos funcionários e a igualdade entre todos", acrescentou.

Não muito longe desta manifestação, centenas de operários cortaram o acesso ao principal túnel de Al-Azhar.

Eles afirmavam que trabalham há dez anos neste túnel sem ter contratos fixos e com baixos salários e seguravam cartazes nos quais se podiam ler frases como "Não à injustiça" e "Não sairemos até que estejamos contratados".

"Pedimos às autoridades que nos contratem. Alguns estão casados e têm filhos pequenos, e, mesmo assim, ganham 500 libras mensais", disse um dos manifestantes, quem assegurou também que a "revolução" de Tahrir estimulou todos a cobrar seus direitos.

Para o vice-presidente do Sindicato de Operários de Construções, os trabalhadores mais afetados são os que cobram por jornada, como carpinteiros e ferreiros.

"Todas estas greves são fruto de uma acumulação de problemas antigos que apareceram agora. Muitos operários estão participando, inclusive, sem nenhuma organização entre eles", ressaltou.

Segundo o dirigente sindical, "as greves nas companhias não estão relacionadas com as manifestações em Tahrir, mas esta revolta deu a eles a oportunidade" de reivindicar. EFE

Leia aqui.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Revolução Egípcia em fotos

O portal Totally Cool Pix está com uma coleção de fotos de alta qualidade das manifestações e enfrentamentos no Egito. Veja aqui.

Todo Apoio à Revolução no Egito!

Resolução Internacional: todo apoio à revolução em curso no Egito

 
 
TODO APOIO À REVOLUÇÃO NO EGITO!

Desde o dia 25 de janeiro o Egito foi tomado por gigantescas mobilizações contra a ditadura que governa o país há 30 anos. Os protestos aconteceram em cadeia após a queda de governos autoritários na Tunísia e também se espalharam pela Argélia , Jordânia e Iêmem. Dois terços dos 80 milhões de egípcios tem menos de 30 anos e essa numerosa juventude está mostrando sua força num ascenso colossal. Empunhando cartazes com a foto do jovem Khaled Said, que foi brutalmente torturado e assassinado pela ditadura, milhões de manifestantes mostram que o Egito não aceitará mais o governo de Hosni Mubarak.

Uma verdadeira revolução democrática está em curso, já ocorreram as maiores mobilizações da história do país. O governo não poupou esforços para conter violentamente os protestos, já são mais de 800 presos e mais de 100 mortos. Mas as ruas continuam tomadas por milhares de jovens e trabalhadores que desafiam o toque de recolher, as bombas de gás lacrimogêneo, os tanques de guerra e todo o arsenal repressivo do governo.
Não é só a legítima luta pela liberdade que move milhões de trabalhadores e jovens egípcios. Cerca de 40% dos habitantes vivem com 2 dólares por dia. O desemprego, a fome e a miséria também são parte da indignação da população.

O Egito é um país muito importante na região, além de ser o mais populoso, domina o canal de Suez e é peça chave para manter o vergonhoso bloqueio à Faixa de Gaza. Mubarak é fiel aliado do imperialismo, depois de Israel, é o país que mais recebe dinheiro dos EUA na região: US$ 2,5 bilhões. A primeira declaração dos Estados Unidos, feita por Hilary Clinton, afirmava a estabilidade do país e dava ao velho aliado um voto de confiança. Neste momento em que as mobilizações crescem a cada dia e estão totalmente fora do controle do governo e mesmo da oposição, Obama fala em democracia como valor universal e pede reformas. Na verdade, o que determina a posição norte-americana, em relação aos governos de todo o mundo, não são os seus valores, mas os interesses dos EUA. Foram décadas de colaboração imperialista com a ditadura, essa declaração neste momento só indica que a força dos protestos está levando Obama a pensar em uma saída negociada que estabilize o quanto antes o país.

Nós, ativistas e lutadores do movimento social brasileiro apoiamos a corajosa luta dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre no Egito. Exigimos do Governo Dilma que rompa relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o Egito enquanto perdurar a ditadura neste país. Defendemos o Fora Mubarak, nenhuma confiança nas Forças Armadas egípcias e uma alternativa de poder da classe trabalhadora, sem a presença de políticos burgueses e que participaram do antigo regime.
 
 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Portugal: Trabalhadores dos CTT lutam por auxílio transporte

Trabalhadores dos CTT voltam a reclamar mais apoios

Cerca de três dezenas dos 200 trabalhadores do Centro de Operações de Correios do Norte aprovaram hoje uma resolução reclamando o pagamento pelos CTT das despesas acrescidas em transportes decorrentes da mudança de instalações da empresa.

Em declarações à agência Lusa no final do plenário de trabalhadores, o dirigente nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) afirmou que aguardarão uma resposta dos CTT até dia 25, tendo ficado agendado novo encontro de trabalhadores para dia 28.

"Caso a empresa não ceda, os trabalhadores decidirão o que entenderem, o que poderá eventualmente passar por novas formas de luta e, até, pela greve", disse Justino Gonçalves.

Em causa está a mudança de instalações do Centro de Operações de Correios do Norte de Gaia para a Maia -- um investimento de 12 milhões de euros, inaugurado a 22 de Dezembro passado -- que os funcionários dizem representar um acréscimo de encargos em transportes do qual não estarão a ser devidamente compensados pelos CTT.

De acordo com Justino Gonçalves, a resolução hoje aprovada "reivindica o pagamento, a quem tenha possibilidade de optar pelo transporte público, do respectivo passe" e "em alternativa, por inexistência de transporte público ou por horários com ele não compatíveis, o pagamento em abono quilométrico".

Segundo referiu, esta pretensão "vai um bocadinho à frente do que a empresa pretende aplicar", já que "ela já tem estado a abonar valores monetários a diversos trabalhadores, mas não se sabe muito bem os critérios" em que assenta.

"A empresa quer aplicar aquilo que ela considera que está nos termos da lei, mas os trabalhadores desejam mais alguma coisa acima, em virtude do factor incomodidade (decorrente do tempo de deslocação entre a residência e o local de trabalho, que no caso de alguns trabalhadores chega a ser de duas ou três horas) e de só existir um transporte público possível, que é o metro, cujo horário não é, muitas vezes, compatível com os horários a que os trabalhadores estão sujeitos", sustentou.

Em declarações à Lusa em Dezembro passado, o presidente dos CTT, Estanislau Costa, disse que "a empresa não tem condições para, numa conjuntura como a actual, privilegiar uns trabalhadores" em relação a outros.

"Os CTT entendem que todos os trabalhadores devem ser tratados de forma igual, sem situações de privilégio", assegurando "a comparticipação da deslocação para o local de trabalho nas situações em que os transportes públicos são incompatíveis com os horários laborais", esclareceu.

Segundo a empresa, "as exigências sindicais pretendem garantir para alguns trabalhadores que o complemento para transporte fosse pago em quilometragem", uma pretensão que, considera, "além de constituir um acréscimo de custos para a empresa, num cenário de contenção, contraria os Acordos de Empresa, que estabelecem que o transporte próprio é apenas sujeito a comparticipação quando os transportes públicos são incompatíveis com os horários de trabalho, obrigando ao uso de transporte próprio".

Leia aqui.

MPF move ação para anular rescisão amigável entre Correios e empresa de engenharia

Procuradoria da República em Bauru ajuizou ação civil pública; quatro empregados e um ex-diretor da empresa pública são acusados de improbidade administrativa

Agência BOM DIA
A Procuradoria da República em Bauru ajuizou ação civil pública com o objetivo de anular uma rescisão amigável de contrato entre a Empresa Brasileira de Correios e a empresa Teccon Tecnologia do Concreto S/C Ltda, contratada para reformar a sede dos Correios em São José dos Campos.

Após cumprir apenas 16% dos serviços contratados, a empresa paralisou as obras e descumpriu pelo menos duas determinações para retomá-las, o que deveria ter resultado na aplicação de multas contratuais à empresa, além de rescisão unilateral do contrato.

Pelo menos quatro empregados da ECT, todos ocupando cargos de chefia em Brasília ou na Diretoria Regional dos Correios de Bauru, e um ex-diretor da empresa, são responsabilizados na ação por improbidade administrativa.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Vídeos da Revolução Egipcia!


Povo egípcio vai à rua para derrubar ditador



Mobilização
Egípcios vão às ruas em marcha de 1 milhão contra governo Mubarak; vamos prestar nossa solidariedade

 
A população egípcia se concentra na capital do país, Cairo, nesta terça-feira, 1° de fevereiro, para o grande protesto que espera reunir 1 milhão de pessoas. Esta manifestação é vista pela população como decisiva para pressionar e, com isso, derrubar o regime ditatorial de Hosni Mubarak, há 30 anos no poder.

Pessoas acamparam na praça Tahrir (praça Libertação), epicentro das mobilizações que já duram oito dias.

O governo Egípcio liderado por Mubarak, aliado dos Estados Unidos e do Estado Sionista de Israel, está recorrendo à repressão e já são cerca de 140 mortos.

Além disso, a cidade está paralisada, pois foi convocada uma greve geral, nesta segunda-feira, 31.

No terceiro dia de manifestação os egípcios conseguiram nas ruas a dissolução do regime ditatorial e, mesmo após o governo anunciar novos ministros para os cargos, os protestos continuam.

Este processo revolucionário em curso no mundo árabe, que se desencadeia agora no Egito, teve seu inicio na Tunísia, derrubando o governo de Zine El Abidine Ben Ali, cujos bens foram confiscados, além das revoltas ocorridas na Argélia.

Esta luta é de todos - Há um pedido de solidariedade internacional por parte de todas as representações diplomáticas do Egito, para que também aqui no Brasil ocorram atos de protesto em solidariedade aos manifestantes.

No Rio de Janeiro o ato de solidariedade será realizado, nesta terça-feira.

Em São Paulo há um Escritório Comercial oficial do Governo Egípcio na Avenida Paulista, 726 - 8o andar - cj 802, que funciona das 9h às 18h.

A proposta é organizar um protesto na porta do consulado nesta quinta-feira, 3, às 15h, e entregar um manifesto para o representante do governo egípcio exigindo o fim da repressão e a saída de Mubarak.

Para definição desta proposta, faremos uma reunião nesta terça-feira, 1, às 19h30, na sede da CSP-Conlutas - Rua Boa Vista 76 – 12° andar.

A reunião é aberta a todos os interessados e interessadas, sejam indivíduos ou organizações democráticas, sindicais ou políticas.

(Com informações de Fabio Bosco e Folha.com)

Mudança Positiva: Boletim da Oposição CSP-Conlutas SC