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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Portugal: Trabalhadores dos CTT lutam por auxílio transporte

Trabalhadores dos CTT voltam a reclamar mais apoios

Cerca de três dezenas dos 200 trabalhadores do Centro de Operações de Correios do Norte aprovaram hoje uma resolução reclamando o pagamento pelos CTT das despesas acrescidas em transportes decorrentes da mudança de instalações da empresa.

Em declarações à agência Lusa no final do plenário de trabalhadores, o dirigente nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) afirmou que aguardarão uma resposta dos CTT até dia 25, tendo ficado agendado novo encontro de trabalhadores para dia 28.

"Caso a empresa não ceda, os trabalhadores decidirão o que entenderem, o que poderá eventualmente passar por novas formas de luta e, até, pela greve", disse Justino Gonçalves.

Em causa está a mudança de instalações do Centro de Operações de Correios do Norte de Gaia para a Maia -- um investimento de 12 milhões de euros, inaugurado a 22 de Dezembro passado -- que os funcionários dizem representar um acréscimo de encargos em transportes do qual não estarão a ser devidamente compensados pelos CTT.

De acordo com Justino Gonçalves, a resolução hoje aprovada "reivindica o pagamento, a quem tenha possibilidade de optar pelo transporte público, do respectivo passe" e "em alternativa, por inexistência de transporte público ou por horários com ele não compatíveis, o pagamento em abono quilométrico".

Segundo referiu, esta pretensão "vai um bocadinho à frente do que a empresa pretende aplicar", já que "ela já tem estado a abonar valores monetários a diversos trabalhadores, mas não se sabe muito bem os critérios" em que assenta.

"A empresa quer aplicar aquilo que ela considera que está nos termos da lei, mas os trabalhadores desejam mais alguma coisa acima, em virtude do factor incomodidade (decorrente do tempo de deslocação entre a residência e o local de trabalho, que no caso de alguns trabalhadores chega a ser de duas ou três horas) e de só existir um transporte público possível, que é o metro, cujo horário não é, muitas vezes, compatível com os horários a que os trabalhadores estão sujeitos", sustentou.

Em declarações à Lusa em Dezembro passado, o presidente dos CTT, Estanislau Costa, disse que "a empresa não tem condições para, numa conjuntura como a actual, privilegiar uns trabalhadores" em relação a outros.

"Os CTT entendem que todos os trabalhadores devem ser tratados de forma igual, sem situações de privilégio", assegurando "a comparticipação da deslocação para o local de trabalho nas situações em que os transportes públicos são incompatíveis com os horários laborais", esclareceu.

Segundo a empresa, "as exigências sindicais pretendem garantir para alguns trabalhadores que o complemento para transporte fosse pago em quilometragem", uma pretensão que, considera, "além de constituir um acréscimo de custos para a empresa, num cenário de contenção, contraria os Acordos de Empresa, que estabelecem que o transporte próprio é apenas sujeito a comparticipação quando os transportes públicos são incompatíveis com os horários de trabalho, obrigando ao uso de transporte próprio".

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