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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Todo Apoio à Revolução no Egito!

Resolução Internacional: todo apoio à revolução em curso no Egito

 
 
TODO APOIO À REVOLUÇÃO NO EGITO!

Desde o dia 25 de janeiro o Egito foi tomado por gigantescas mobilizações contra a ditadura que governa o país há 30 anos. Os protestos aconteceram em cadeia após a queda de governos autoritários na Tunísia e também se espalharam pela Argélia , Jordânia e Iêmem. Dois terços dos 80 milhões de egípcios tem menos de 30 anos e essa numerosa juventude está mostrando sua força num ascenso colossal. Empunhando cartazes com a foto do jovem Khaled Said, que foi brutalmente torturado e assassinado pela ditadura, milhões de manifestantes mostram que o Egito não aceitará mais o governo de Hosni Mubarak.

Uma verdadeira revolução democrática está em curso, já ocorreram as maiores mobilizações da história do país. O governo não poupou esforços para conter violentamente os protestos, já são mais de 800 presos e mais de 100 mortos. Mas as ruas continuam tomadas por milhares de jovens e trabalhadores que desafiam o toque de recolher, as bombas de gás lacrimogêneo, os tanques de guerra e todo o arsenal repressivo do governo.
Não é só a legítima luta pela liberdade que move milhões de trabalhadores e jovens egípcios. Cerca de 40% dos habitantes vivem com 2 dólares por dia. O desemprego, a fome e a miséria também são parte da indignação da população.

O Egito é um país muito importante na região, além de ser o mais populoso, domina o canal de Suez e é peça chave para manter o vergonhoso bloqueio à Faixa de Gaza. Mubarak é fiel aliado do imperialismo, depois de Israel, é o país que mais recebe dinheiro dos EUA na região: US$ 2,5 bilhões. A primeira declaração dos Estados Unidos, feita por Hilary Clinton, afirmava a estabilidade do país e dava ao velho aliado um voto de confiança. Neste momento em que as mobilizações crescem a cada dia e estão totalmente fora do controle do governo e mesmo da oposição, Obama fala em democracia como valor universal e pede reformas. Na verdade, o que determina a posição norte-americana, em relação aos governos de todo o mundo, não são os seus valores, mas os interesses dos EUA. Foram décadas de colaboração imperialista com a ditadura, essa declaração neste momento só indica que a força dos protestos está levando Obama a pensar em uma saída negociada que estabilize o quanto antes o país.

Nós, ativistas e lutadores do movimento social brasileiro apoiamos a corajosa luta dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre no Egito. Exigimos do Governo Dilma que rompa relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o Egito enquanto perdurar a ditadura neste país. Defendemos o Fora Mubarak, nenhuma confiança nas Forças Armadas egípcias e uma alternativa de poder da classe trabalhadora, sem a presença de políticos burgueses e que participaram do antigo regime.
 
 

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