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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

PIAUÍ: Ecetistas protestam por melhores condições de trabalho


Na manhã desta quarta, 16 de fevereiro, às 7h da manhã, os trabalhadores dos correios se concentraram a frente do edifício sede da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) instalada em Teresina, capital do Piauí, para realizar mais um dia de protesto por melhores condições de trabalho. A manifestação realizada está relacionada ao Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores dos Correios.

Pela inversão do horário de entrega
Com uma jornada de 8 horas diárias, os ecetistas, dentre eles, carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo, enfrentam diversas dificuldades no dia-a-dia de trabalho. Os carteiros, por exemplo, além da jornada exaustiva, são obrigados a fazer a entrega das correspondências durante o período da tarde.

Os carteiros sofrem mais, principalmente no período do B-R-O-Bró (setembro, outubro e novembro), quando a incidência dos raios solares é mais forte em Teresina. “Poderíamos fazer a entrega de cartas durante a manhã. Nós sofremos bastante com o sol, Teresina é uma capital quente, já tivemos muitos colegas com problemas de pele”, declarou o carteiro Sebastião Oliveira. Diante dessa realidade, nós, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Piauí (SINTECT-PI), em defesa da saúde do trabalhador, exigimos a inversão do horário de entrega das correspondências.

No entanto, a diretoria da ECT alega que a inversão dos horários pode atrasar em mais de um dia a entrega de correspondências. Mas, o vice-presidente do SINTECT-PI, José Rodrigues, garante que ao trabalhar pelo horário da manhã fazendo a entrega e a tarde nas CDD’s, além de melhorar as condições de trabalho do carteiro, a produtividade também pode aumentar.

Por mais segurança
Já os atendentes, são vítimas constantes de assaltos nas Agências dos Correios, principalmente localizadas no interior do Estado. “Os funcionários estão trabalhando com medo. A falta de segurança é hoje o nosso maior problema. Tem agência no interior que possui apenas um funcionário trabalhando e não tem quem o proteja” afirmou José Rodrigues.

Sergio de Castro, atendente comercial e secretário de combate ao preconceito do SINTECT-PI, lembra que além de por em risco a segurança física, os trabalhadores também estão sujeitos a traumas psicológicos. “As agências dos Correios no Piauí estão jogadas às baratas. Na verdade não há segurança nenhuma, as agências estão a mercê dos bandidos, nós, atendentes, vivemos em estado de pânico, sem falar nos clientes que também são vítimas”.

Ainda assim, tanto a ECT, como o Bradesco, que funciona dentro das agências através dos Bancos Postais, preferem ser assaltados, a ter que implementar as medidas de segurança. Já que o seguro cobre parcialmente as perdas e os equipamentos e serviços de segurança são considerados caros, os diretores da ECT consideram mais apropriado colocar a vida de trabalhadores e clientes em risco, pois é mais barato ser roubado.

Nós repudiamos a postura da empresa em torno desses fatos. O que se percebe, em todos os casos, tanto da segurança, quanto da inversão do horário de entrega, é que a vida do trabalhador é o que menos importa para a empresa. Essa situação se agrava ainda mais, quando se refere às condições de trabalho dos terceirizados.

Contra as terceirizações e a privatização dos Correios
É preciso entender que, além de substituir trabalhadores do quadro próprio, as terceirizações servem de cabide de emprego para aqueles que estão no comando do governo, o que neutraliza as mobilizações dos trabalhadores. Se a categoria arma uma greve, é só o governo montar um quadro de terceirizados para fazer o trabalho.

Outra consequência das terceirizações está relacionada à precarização das condições de trabalho e dos serviços oferecidos pela empresa. Essa é uma das mais clássicas manobras para justificar a privatização dos serviços públicos. Por tudo isso, somos contra a contratação de trabalhadores terceirizados.

No Piauí, o sindicato já conseguiu reverter parcialmente essa situação, através de uma ação favorável na Justiça do Trabalho para por fim as terceirizações. Porém a ECT insiste em não cumprir a determinação judicial. Com base nisso, exigimos a realização imediata de concurso público.

O SINTECT-PI já mostrou que não pretende “baixar a guarda” perante os ataques do Governo Federal. Contra a privatização dos Correios! Em defesa dos Correios 100% público!

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Leonardo Maia de Alencar
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