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terça-feira, 23 de abril de 2013

Assalto a carteiro cresce 15 vezes em SP

Denúncia é do sindicato da categoria. ECT adota modelo diferenciado de entrega em área de riscos

Fernando Granato


Com o aumento das vendas de produtos pela internet, os Correios se tornaram presa fácil de ladrões e os roubos a carteiros cresceram 15 vezes nos últimos dois anos.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, em 2011 acontecia em média um assalto por dia. “Agora já ocorrem pelo menos 15 diariamente na região metropolitana de São Paulo”, afirmou Rogério Bueno da Silva, vice-presidente do sindicato.

De acordo com a consultoria e-bit, apenas no Natal de 2012 o comércio eletrônico faturou R$ 3,06 bilhões no país, com aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. “A maior parte desses produtos é distribuída pelos Correios sem que haja uma segurança efetiva para isso”, disse o vice-presidente do sindicato.

Preocupada com isso, a diretoria do sindicato esteve no início do mês no gabinete do secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, cobrando atitudes do poder público para o crescente problema dos assaltos à carteiros e viaturas dos Correios.

As piores regiões, para o sindicato, são as periferias das zonas Sul, Leste e Norte. Os bairros com mais incidência de assaltos são Guaianases e Itaim Paulista, na Zona Leste, Capela do Socorro e Jardim Miriam, na Zona Sul, e Parada de Taipas e Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte. “Apesar de existirem lugares mais perigosos, o risco está em toda parte”, disse a carteira motorizada Juliana Sena, que foi assaltada no final do ano passado quando fazia uma entrega em Interlagos, na Zona Sul. “Levaram tudo que estava no baú da moto.”

Para casos como o de Juliana, os Correios prestam assistência médica e acompanhamento psicológico aos profissionais que venham a ser vitimados.

De acordo com o vice-presidente do sindicato, a onda de assaltos piorou a partir de 2009, coincidindo com o aumento do volume de comércio eletrônico e do número de empresas que fazem vendas por meio da internet. Em dezembro de 2010 os roubos explodiram e vêm se mantendo em alta.

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