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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Correios de Portugal: Trabalhadores dos CTT acampados reclamam mais apoios nas deslocações para as novas instalações

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações foi recebido na Maia por um grupo de trabalhadores dos CTT que o esperava em protesto à porta do Centro de Operações de Correspondência do Norte, hoje, quarta-feira, inaugurado. 

O grupo está acampado à porta do novo edifício para reivindicar o pagamento do acréscimo de despesa decorrente da mudança de Gaia em abonos quilométricos. 

"Faço 25 quilómetros diários e estou aqui a reivindicar o pagamento dos 22 dias de trabalho ao quilómetro", afirmou hoje, quarta-feira, à Lusa, Agostinho Oliveira, condutor do Centro de Operações de Correspondência do Norte, que se reveza com os colegas num acampamento improvisado à porta das novas instalações. 

Rouco "por causa do frio de noites de protesto", Agostinho Oliveira explicou que tem horários repartidos e que, em média, gasta três horas por dia em viagens em transportes públicos para chegar à zona industrial da Maia, que "são tiradas à família e aos descanso", realçando que "se a deslocação fosse feita de carro, era mais rápida". 

No dia da inauguração do novo edifício, um investimento de 12 milhões de euros, os manifestantes dizem que vão continuar "a luta justa, sobretudo para os trabalhadores dos transportes que têm horários repartidos", como disse à Lusa Cândido Oliveira. 

"Houve uma deslocalização e a empresa terá que ressarcir os trabalhadores dos custos com os transportes. Estamos a reivindicar um bocado mais do que está previsto na lei, mas, por exemplo, a perda de tempo não é contemplada", defendeu. 

Ao mesmo tempo, há trabalhadores, que ficando a morar mais perto das novas instalações, na Maia, perderam o direito ao apoio às deslocações, que reclamam a sua manutenção. 

Os trabalhadores da Central de Correios do Norte prosseguem uma greve a tempo parcial, que teve início dia 20 e se prolonga até dia 24. 

O presidente dos CTT, Estanislau Costa, disse à Lusa que "a empresa não tem condições para numa conjuntura como a actual privilegiar uns trabalhadores em relação a outros". 

"Os CTT entendem que todos os trabalhadores devem ser tratados de forma igual, sem situações de privilégio", assegurando "a comparticipação da deslocação para o local de trabalho nas situações em que otransportes públicos são incompatíveis com os horários laborais", esclarece. 

Segundo a empresa, "as exigências sindicais pretendem garantir para alguns trabalhadores que o complemento para transporte fosse pago em quilometragem", uma pretensão, que, considera, "além de constituir um acréscimo de custos para a empresa, num cenário de contenção, contraria os Acordos de Empresa, que estabelecem que o transporte próprio é apenas sujeito a comparticipação quando os transportes públicos são incompatíveis com os horários de trabalho, obrigando ao uso de transporte próprio".

Leia aqui e aqui.

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