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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Auditoria do TCU mostra o sucateamento dos Correios visando sua privatização

Crise postal dobra atraso de cartas nos Correios em todo o país, diz TCU
BRASÍLIA - O percentual de cartas não entregues pelos Correios durante a chamada crise postal quase dobrou, aponta auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgada nesta quarta-feira. Até dezembro de 2009, o resto médio diário de correspondência simples se mantinha em torno de 5%. A partir deste ano essa parcela pulou para em torno de 9%. No jargão técnico, resto é a parte da carga destinada a cada carteiro e não entregue no dia definido.

O trabalho de fiscalização mostra que nas entregas mais complexas, as chamadas correspondências qualificadas, a piora foi ainda maior. O resto que era de menos de 1% saltou para 5%. Houve também declínio no desempenho do Sedex, a segunda maior receita dos Correios. O índice de qualidade do sistema que era de 95%, em 2009, passou a ser de 85% em agosto deste ano. Por conta das falhas, mais que triplicaram as indenizações pagas pela estatal.

A auditoria aponta falhas na administração. A falta de funcionários - carteiros e operadores de triagem - associada a demora para realizar concursos foi a principal causa da crise. A deterioração da qualidade também é creditada as dificuldades com as empresas de transporte aéreo de cargas, a exemplo da Máster Top Linhas Aéreas envolvida no escândalo na Casa Civil.

Os Correios tinham 107,2 mil empregados em dezembro de 2008. Em agosto deste ano, o número caiu para 102,8 mil. Segundo a auditoria, o Plano de Demissão Voluntária de 2009 agravou a situação.

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