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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uma breve avaliação da Greve dos Correios

Esta já é a maior greve já realizada pela categoria de todos os tempos que enfrentou a truculência da direção dos Correios Governo e TST.
Companheiros/as em nossa breve avaliação queremos nos dirigir a todos os ecetistas, chamando todos os lutadores de Guerreiros que não abaixaram a cabeça para a truculência da direção dos Correios, do governo Dilma Rousseff e do próprio TST que utilizaram de todos os métodos para tentar derrotar a nossa greve. Não foram poucas as ameaças que sofremos da direção dos Correios com a orientação do governo através do ministro Paulo Bernardo, que demoraram 14 dias para reabrir as negociações, onde utilizaram o famoso bordão utilizado na época do Toninho Malvadeza dizendo que não iria negociar com os trabalhadores em greve, mas a força da nossa greve forçou a empresa a retomar as negociações. Mesmo assim, continuaram com a intransigência, onde só queriam garantir aumento real para o ano que vem. Mais uma vez, os forçamos a propor Aumento real ainda para este ano, mesmo não sendo o que reivindicamos, podemos considerar uma vitória do movimento estas pequenas concessões.


Posição da maioria do comando foi determinante para não conseguirmos avançar mais
Infelizmente durante a nossa greve, a maioria do Comando de Negociações (Articulação Sindical, CTB e ASS) e o Secretário Geral da FENTECT mais uma vez não acompanharam a disposição de luta da categoria e aceitaram a proposta de conciliação feita pela ministra do TST. Mesmo assim, a categoria de forma inédita, rejeitou a proposta e continuou a greve em todo o país mesmo sabendo do risco que corria se a greve fosse julgada no TST, os trabalhadores não aceitaram a imposição da direção da ECT e governo em querer descontar parte dos dias da Greve e de não querer pagar o aumento real no mês de nossa data base. A nossa greve não é apenas por reajuste salarial, mas também por melhores condições de trabalho, contra a MP 532 que foi sancionada pela presidente Dilma, por um piso salarial descente, por mais contratações e principalmente contra a arrogância e intransigência da empresa e do governo que tentou desqualificar a nossa justa luta.


É preciso fazer uma reflexão de nossa greve
Companheiros/as, mesmo não termos conseguido com que todas as nossas reivindicações tenham sido atendidas, temos que sair desta greve com espírito de vitória, afinal enfrentamos um governo que fez de tudo para nos derrotar e não queria fazer nenhuma concessão. Se considerarmos que conseguimos aumento real ainda para este ano, que foi o principal embate na greve, que este aumento real é, mesmo que modesto um dos maiores conquistados nas campanhas salariais deste ano. Infelizmente não conseguimos o não desconto de todos os dias da greve, mas mesmo assim podemos considerar que valeu a pena a nossa luta e saímos dela de cabeça erguida e deixando claro para a direção da ECT e o governo que continuaremos mobilizados e lutando por um salário digno, melhores condições de trabalho e em defesa dos Correios público, 100% estatal e de qualidade.


Nossa orientação para asa Assembléias
Primeiramente queremos agradecer o apoio que recebemos de norte a sul de pais dos guerreiros desta categoria, esperamos ter representado bem a categoria nesta batalha.

A nossa orientação é para que decidamos pelo retorno ao trabalho obedecendo assim à decisão judicial do TST, mas que devemos continuar mobilizados na luta por melhores condições de trabalho, mais contratações através de concurso publico e manter a luta contra a MP 532, estamos propondo também que votemos que os trabalhos sejam retomados com a realização de operação padrão e vamos voltar de cabeça erguida e dizer para aqueles que tentaram nos derrotar que eles não conseguiram e que os guerreiros apenas voltaram ao quartel, mas que poderá voltar para o campo de batalha a qualquer momento.

Sem mais para o momento
Saudações a aqueles que têm coragem de lutar

Membros do Comando de Negociações da FENTECT
Jose G Almeida (Jacó) - CSP-Conlutas/FNTC
Evandro Leonir - MRL/CUT

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