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sexta-feira, 1 de junho de 2012

FedEx faz acordo para comprar Rapidão Cometa

SÃO PAULO, 29 Mai (Reuters) - A FedEx anunciou nesta terça-feira que fechou acordo para comprar a companhia brasileira de transporte e logística Rapidão Cometa, que vinha sendo representante autorizado da norte-americana no Brasil havia mais de uma década.



O valor da operação não foi divulgado. A Cometa, fundada há 70 anos e com sede em Recife, atende a todos os estados do país e tem mais de 17 mil clientes, aos quais atende com cerca de 770 veículos e 9 mil funcionários.

A FedEx espera que a transação seja concluída no terceiro trimestre deste ano.

"O Brasil é um mercado com tremendo potencial de crescimento da economia e também do setor de logística. A aquisição está em linha com nossa estratégia de crescer nossos negócios na América Latina", disse em comunicado o presidente da companhia norte-americana para América Latina e Caribe, Juan Cento.

"A FedEx poderá oferecer agora um amplo portfólio de serviços no Brasil (...), incluindo serviços de valor adicional como cadeia de suprimentos e soluções logísticas", acrescentou.

Representantes da Rapidão Cometa não puderam comentar o assunto de imediato.

Segundo a FedEx, a integração dos negócios de logística, distribuição e carga expressa da Rapidão Cometa deve ocorrer entre 18 a 24 meses após a conclusão do negócio.


(Por Alberto Alerigi Jr.)



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FedEx compra Rapidão Cometa

A companhia americana FedEx, gigante de entregas e logística presente em 220 países e territórios, com faturamento de US$ 42 bilhões, comprou a pernambucana Rapidão Cometa, uma das maiores do Brasil na área, com faturamento estimado em R$ 1 bilhão para 2011 e capacidade de atingir 5.300 localidades no País. A aquisição foi divulgada na terça pela FedEx, única a comentar o negócio, ainda que tenha detalhado pouco a compra. Segundo ela, haverá integração dos negócios em um período de 18 a 24 meses.

No comunicado sobre a compra, o presidente da FedEx Express América Latina e Caribe, Juan N. Cento, fala sobre o potencial da economia brasileira e da área de logística. Segundo ele, a aquisição de um dos maiores fornecedores em soluções de logística no Brasil vai possibilitar a oferta de um portfólio mais abrangente no País, incluindo transporte aéreo internacional expresso e serviços de maior valor agregado, como cadeia de suprimentos e soluções logísticas.

Mas as oportunidades não estão apenas em negócios novos. O atual portfólio da pernambucana já enche os olhos. A Rapidão Cometa está à frente de um terminal alfandegado em Suape, com posto da Receita Federal, uma unidade que até o ano passado movimentava 670 mil toneladas por mês. Sem contar os segmentos tradicionais, de transporte expresso e soluções de logística integrada de carga, trabalhando por chão e pelo ar.

A pernambucana faturou R$ 864 milhões em 2010 e, para o ano passado, estimava R$ 1 bilhão.

Do outro lado, o da compradora, os números são ainda mais impressionantes. Tanto assim que a FedEx chegou ao Brasil primeiro pelo cinema, aparecendo em filmes como O Náufrago, com Tom Hanks, onde o protagonista, um funcionário da empresa, fica preso em uma ilha com uma encomenda lacrada e, apesar do isolamento, não viola o pacote.

Essa empresa de classe mundial reparou na pernambucana em 2001, quando ambas fecharam acordo para a Rapidão Cometa ser a representante brasileira da multinacional. Na época, era só um contrato operacional.

Até ali, a FedEx já tinha feito várias aquisições, mas sua grande marca era justamente esse lado operacional, como a entrega em um único sábado de 250 mil cópias de um livro: era o dia de lançamento do livro Harry Potter e o Cálice de Fogo e os fãs esperavam ávidos por seus exemplares, comprados à Amazon, um grande desafio logístico.

Outra sacada foi uma parceria público-privada com o US Postal Service, os "Correios" dos Estados Unidos, consolidando sua posição no mercado norte-americano.

Os anos passaram e, para manter o crescimento forte, a gigante começou as aquisições e a apostar ainda mais alto nos mercados emergentes. Foi assim que, apesar do mundo em crise, ela bateu 13% de avanço em 2011.

A companhia vinha com um olho na Ásia e outro nas Américas. Ano passado, comprou uma empresa indiana e outra no México. Este ano, depois de uma longa preparação, levou uma brasileira.

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