O SINTECT/SC é filiado à CUT praticamente desde sua fundação em 1992, salvo um breve período em que o nosso sindicato esteve sem central em uma das gestões passadas. Durante todo este período estivemos sob influência política de uma organização que está no cenário nacional desde os anos 1980.
Durante as duas primeiras décadas de sua existência a CUT se enfrentou com os governos militares, contra Collor e FHC. Mas em 2002 com a ascensão de Lula/PT ao governo federal houve uma virada brusca nas concepções que alguns dirigentes adotaram a partir de então.
Muitos ativistas em todo o Brasil acreditaram que com Lula presidente os trabalhadores estariam assegurados de seus direitos e que os enfrentamentos que as categorias fizeram até então não se justificariam mais a partir dali.
Ledo engano. O primeiro escândalo registrado deste governo foi o Mensalão, e poucos sabem o que isto significa realmente. O Mensalão teve início dentro dos Correios, quando foram usados fundos da estatal na compra dos votos dos deputados e senadores da oposição para a chamada "reforma" da previdência. Ora, sabemos bem o que significa a reforma da previdência, simplesmente não conseguiremos nos aposentar com 100% do que nos é devido nunca.
Durante todos os anos do governo Lula/PT os trabalhadores dos Correios tiveram que sair às ruas pedindo que fossem ressarcidos dos déficits acumulados dos acordos coletivos de trabalho, e haja luta, quantas greves tivemos que fazer, sem que ao menos tivéssemos algum ganho real no salário.
Até que em 2008 fomos às ruas três vezes até conquistarmos de vez o Adicional de Atividade em Distribuição e Coleta (que queríamos que fosse chamado de "Periculosidade").
Então em 2009 veio o golpe fatal, o acordo bi-anual. O objetivo dos CUTistas era simples, eleger Dilma/PT em 2010, e conseguiram. Logo a desconfiança se alastrou em toda a categoria, não sabíamos o que rolava nas mesas de negociação e todos falavam pelos cantos que por baixo das mesas brotavam maletas de dinheiro. Nunca foi comprovado, mas o boato que corria era bastante convincente.
Em 2011 portanto, a CSP-CONLUTAS levou para o CONTECT a proposta de expansão da mesa nacional de negociações, a partir daí um membro de cada sindicato teria a possibilidade de presenciar a negociação, evitando qualquer golpe que os braços do governo quisessem aplicar na base.
Funcionou logo de cara, desde então não há mais acordo entre a ECT e a direção dos sindicatos, pois nenhum daqueles que lá está tem coragem de trair a categoria na "cara dura" sendo que logo será colocado nas páginas das redes sociais para linchamento coletivo.
O problema é que as campanhas salariais têm acabado no TST (novo parceiro da ECT). E numa luta ininterrupta para posarem de melhor cachorrinho da empresa e do governo, a central sindical CTB adota uma política divisionista infame, criando a FINDECT, o que causa ainda mais desconfiança dos trabalhadores na direção sindical. Esta nova federação vem freando com ainda mais eficácia os movimentos dos trabalhadores de SP, RJ e demais estados filiados para evitarem choques da categoria com o governo Dilma/PT, sua aliada na esfera federal, assim como a CUT, que depois da cisão vem evitando conflitos que envolvam a sua "presidenta".
Por essa politicagem ser nefasta à categoria, por trazer tanto prejuízo aos bolsos de pais e mães de família é que estamos dispostos a dar um BASTA! Chega de bancarmos massa de manobra a uma corja de desocupados bandidos que defendem um governo que não nos representa.
A CSP-CONLUTAS é uma central sindical que é construída por trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil. Somos independentes de governo e não aceitamos que ativistas traiam a categoria.
Claiton Santos
Dirigente de História e Estudos Sócio-Econômicos do SINTECT/SC
25 de outubro de 2015
Durante as duas primeiras décadas de sua existência a CUT se enfrentou com os governos militares, contra Collor e FHC. Mas em 2002 com a ascensão de Lula/PT ao governo federal houve uma virada brusca nas concepções que alguns dirigentes adotaram a partir de então.
Muitos ativistas em todo o Brasil acreditaram que com Lula presidente os trabalhadores estariam assegurados de seus direitos e que os enfrentamentos que as categorias fizeram até então não se justificariam mais a partir dali.
Ledo engano. O primeiro escândalo registrado deste governo foi o Mensalão, e poucos sabem o que isto significa realmente. O Mensalão teve início dentro dos Correios, quando foram usados fundos da estatal na compra dos votos dos deputados e senadores da oposição para a chamada "reforma" da previdência. Ora, sabemos bem o que significa a reforma da previdência, simplesmente não conseguiremos nos aposentar com 100% do que nos é devido nunca.
Durante todos os anos do governo Lula/PT os trabalhadores dos Correios tiveram que sair às ruas pedindo que fossem ressarcidos dos déficits acumulados dos acordos coletivos de trabalho, e haja luta, quantas greves tivemos que fazer, sem que ao menos tivéssemos algum ganho real no salário.
Até que em 2008 fomos às ruas três vezes até conquistarmos de vez o Adicional de Atividade em Distribuição e Coleta (que queríamos que fosse chamado de "Periculosidade").
Então em 2009 veio o golpe fatal, o acordo bi-anual. O objetivo dos CUTistas era simples, eleger Dilma/PT em 2010, e conseguiram. Logo a desconfiança se alastrou em toda a categoria, não sabíamos o que rolava nas mesas de negociação e todos falavam pelos cantos que por baixo das mesas brotavam maletas de dinheiro. Nunca foi comprovado, mas o boato que corria era bastante convincente.
Em 2011 portanto, a CSP-CONLUTAS levou para o CONTECT a proposta de expansão da mesa nacional de negociações, a partir daí um membro de cada sindicato teria a possibilidade de presenciar a negociação, evitando qualquer golpe que os braços do governo quisessem aplicar na base.
Funcionou logo de cara, desde então não há mais acordo entre a ECT e a direção dos sindicatos, pois nenhum daqueles que lá está tem coragem de trair a categoria na "cara dura" sendo que logo será colocado nas páginas das redes sociais para linchamento coletivo.
O problema é que as campanhas salariais têm acabado no TST (novo parceiro da ECT). E numa luta ininterrupta para posarem de melhor cachorrinho da empresa e do governo, a central sindical CTB adota uma política divisionista infame, criando a FINDECT, o que causa ainda mais desconfiança dos trabalhadores na direção sindical. Esta nova federação vem freando com ainda mais eficácia os movimentos dos trabalhadores de SP, RJ e demais estados filiados para evitarem choques da categoria com o governo Dilma/PT, sua aliada na esfera federal, assim como a CUT, que depois da cisão vem evitando conflitos que envolvam a sua "presidenta".
Por essa politicagem ser nefasta à categoria, por trazer tanto prejuízo aos bolsos de pais e mães de família é que estamos dispostos a dar um BASTA! Chega de bancarmos massa de manobra a uma corja de desocupados bandidos que defendem um governo que não nos representa.
A CSP-CONLUTAS é uma central sindical que é construída por trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil. Somos independentes de governo e não aceitamos que ativistas traiam a categoria.
Claiton Santos
Dirigente de História e Estudos Sócio-Econômicos do SINTECT/SC
25 de outubro de 2015